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Conheça os jornalistas latinoamericanos que vão escolher os vencedores do Prêmio Roche 2021
Os trabalhos jornalísticos sobre temas de saúde que chegaram à segunda fase de julgamento no Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde já estão sendo revisados pelo jurado da nona edição. Trata-se de oito jornalistas latinoamericanos e um especialista em saúde encarregados de avaliar os trabalhos nas categorias Jornalismo Escrito, Jornalismo Audiovisual e Cobertura Diária e selecionar os finalistas e vencedores.
Nesta nona edição do Prêmio Roche foram recebidas 611 inscrições. Depois de uma avaliação técnica, uma equipe de pré-jurados formada por 12 jornalistas latinos recebeu 444 trabalhos para avaliarem. Depois dessa etapa, 23 trabalhos de Jornalismo Audiovisual, 23 de Cobertura Diária e 37 de Jornalismo Escrito foram selecionados para a fase final.
Cabe ressaltar que dois dos oito jornalistas responsáveis pela seleção final vão avaliar os trabalhos inscritos nas menções honrosas em Cobertura Jornalística da COVID-19 e Jornalismo de Soluções que chegaram a essa etapa. Foram selecionados 20 para temas da COVID-19 e 15 para Soluções.
Além disso, um assessor médico avaliará o rigor e o domínio científico dos trabalhos e estará presente nas reuniões de seleção para esclarecer dúvidas em relação ao conteúdo científico e sanitário dos trabalhos que chegaram à final. Esse profissional também acompanhou o trabalho dos pré-jurados, em julho.
Os vencedores do Prêmio Roche 2021 serão anunciados em uma cerimônia virtual em outubro. Conheça a seguir os perfis dos profissionais responsáveis pela seleção dos trabalhos na etapa final da premiação.
Jurados para Jornalismo Escrito
Sabrina Duque (Equador): jornalista e tradutora equatoriana. Vencedora da bolsa Michael Jacobs de crônica de viagens em 2018. Suas histórias foram traduzidas para português, italiano e inglês. Em 2015 foi finalista do Prêmio Gabo, na categoria texto, com o perfil ‘Vasco Pimentel: el oidor’.
Seu ensaio ‘¿Hay vida después del Maracaná?’ está no livro ‘Eduardo Galeano, Un ilegal en el paraíso’ (2016). Em 2017 publicou ‘Lama’, em 2019 publicou ‘VolcáNica’ e em 2021 ‘Necesito saber hoy de tu vida’. Além disso, escreveu para Folha de S. Paulo (Brasil), O Estado de S. Paulo (Brasil), Internazionale (Itália), Storybench.org (EUA), GK.city (Equador), El Malpensante (Colômbia), e Brecha (Uruguai). É colunista no eldiario.es.
Bernardo Esteves (Brasil): jornalista especializado em ciência e meio ambiente e pesquisador de estudos sociais, ciências e tecnologia. Repórter da revista Piauí, apresentador do podcast A Terra é Redonda e professor de jornalismo científico no Amerek, curso de especialização em comunicação publica da ciência da UFMG.
Profissional formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutor em História das Ciências e das Técnicas de Epistemologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autor de “Domingo é Dia de Ciência”, um suplemento dos anos do pós-guerra (Azougue / Abipti, 2006).
Jurados para Jornalismo Audiovisual
Caio Cavechini (Brasil): jornalista pela ECA-USP e realizador de documentários. Foi repórter e editor executivo do Profissão Repórter, programa semanal da TV Globo. Como documentarista, dirigiu “Carne, Osso”, trabalho exibido em diversos festivais de cinema e que fala sobre o trabalho em matadouros; recebeu menção honrosa em DOK Leipzig (Alemanha) e o prêmio Vladimir Herzog em 2012. Além disso, o longa-metragem “Jaci, sete pecados de uma obra amazônica” recebeu o Prêmio Gabo, entre outros trabalhos audiovisuais.
Em 2020 dirigiu sua primeira série para a GloboPlay: Marielle, o documentário.
Tamoa Calzadilla (Venezuela): dirige El Detector, no canal Univision Noticias, a primeira plataforma de checagem de dados em espanhol criada nos Estados Unidos, certificada pela International Fact-Checking Network (IFCN). Também dirige a seção de Opinião do Univision Noticias.
Como jornalista investigadora foi finalista do Prêmio Pulitzer 2021 pelo seu trabalho colaborativo com o International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ), no qual contou sobre como os bancos ajudaram os boliburgueses venezuelanos (a elite empresarial que se aliou ao chavismo) a sacarem bilhões de dólares do país (#FinCenfiles). Em 2014 ganhou a Citação Especial do prêmio María Moors Cabot 2014. No mesmo ano liderou a equipe que levou o primeiro lugar do Prêmio Gabo e também do Prêmio Roche por descobrir clínicas clandestinas na Venezuela que injetavam ilegalmente biopolímeros nas pacientes. Fez parte do projeto jornalístico investigativo e colaborativo Panamá Papers, vencedor do prêmio Pulitzer em 2017.
Jurados para Cobertura Diária
Laura Weffer (Venezuela): cofundadora de Efecto Cocuyo. Defensora das histórias e da capacidade permanente de espanto. Repórter e jornalista de investigação.
Vencedora de prêmios nacionais e internacionais, incluindo o Prêmio Gabo, duas vezes, e uma vez o Prêmio Roche, por trabalhos coletivos.
Carol Pires (Brasil): jornalista e roteirista brasileira, mestra em estudos latino-americanos pela Universidade de Columbia em Nova York. Foi repórter da revista piauí e do jornal Estadão, no Brasil. Atualmente colabora para a Folha de S. Paulo e o The New York Times.
Suas reportagens também foram publicadas em meios do mundo todo, como The New Yorker (EUA), Etiqueta Negra (Peru), Gatopardo (México), Courrier Internacional (França), Reportagen (Suiça), assim como as antologias ‘Crónicas’ (UNAM, México), ‘Perdimos: ¿Quién Gana la Copa América de la Corrupción?’ (Editorial Planeta, Argentina), ‘Atención: Die besten Reportagen aus Lateinamerika’ (Czernin, Áustria) e ‘Tempos Instáveis’ (Companhia das Letras, Brasil). Como roteirista, é co-autora das duas primeiras temporadas do comedy News GregNews da HBO Brasil e do documentário Democracia em Vertigem, da Netflix, nomeado ao Oscar em 2020.
Assessor para a menção honrosa em Cobertura Jornalística da COVID-19
Federico Kukso (Argentina): jornalista científico independente com mais de 20 anos na cobertura de ciência, tecnologia e cultura. Membro da comissão diretora da World Federation of Science Journalists (Federação Mundial de Jornalistas Científicos). Especializado em história da ciência na Universidade de Harvard. Em 2015 foi bolsista do Knight Science Journalism Program do MIT.
Escreve reportagens longas para meios como Agencia Sinc (Espanha), Tec Review (México), Le Monde Diplomatique, elDiarioAr (Argentina), La Nación (Argentina), entre outros. É autor de livros como ‘Odorama: Historia Cultural del Olor’, ‘Dinosaurios del Fin del Mundo’ e ‘Todo lo que necesitas saber sobre ciencia’. Foi considerado um dos cem jornalistas científicos mais destacados da década na Argentina pela Fundação Konex.
Assessor para a menção honrosa em Jornalismo de Soluções
Javier Drovetto (Argentina): jornalista e docente. Atualmente é editor geral de RED/ACCIÓN, meio argentino digital especializado em jornalismo de soluções, inovação, novas narrativas e participação da audiência. Desde 2011 é professor de “Produção de conteúdos jornalísticos” em ETER. Antes, trabalhou por 15 anos na redação do jornal Clarín e três na do jornal La Nación.
É uma das referencias em jornalismo de soluções na América Latina e trabalha o enfoque tanto nos formatos de texto ou reportagem como em vídeo, podcast e newsletters, entre outros. Recebeu o Prêmio Internacional de Jornalismo Rey de Espanha e as premiações de WAN-IFRA, SIP e ADEPA.
Assessor médico
Daniel Nogueira (Uruguai): médico, especialista em Medicina Familiar e Comunitária, também é comunicador. Atualmente é Chefe Médico da Junta Departamental de Montevidéu (Uruguai), médico da família da Associação Espanhola. Jornalista em Buen Día, programa matinal do Canal 4 de Montevidéu e dá assessoria médica e em comunicação na Pulso, empresa de serviços de acompanhantes de saúde.
Colaborou como médico na Administración de Servicios de Salud del Estado (ASSE) e como jornalista em jornais televisivos estatais, assim como na Red informativa del Interior del País. Foi correspondente da CNN en Español e participou de programas de televisão de saúde.