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Recomendações para aproveitar as redes sociais como ferramenta jornalísticas em coberturas difíceis

Recomendações para aproveitar as redes sociais como ferramenta jornalísticas em coberturas difíceis

junho 08, 2023

“O mais importante em termos de reportagem, quando se trata de pautas de saúde, é a paixão por ajudar o público”. Quem disse isso foi o doutor Juan Rivera, principal correspondente médico da Univisón, na cerimônia do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2021.

Depois da experiência vivida pelo jornalismo por causa da pandemia da COVID-19, aprendemos que durante a cobertura de um tema difícil temos que as vezes burlar algumas regras, inovar e encontrar outros métodos para transmitir a mensagem de forma imediata com sucesso. Foi nessa época que as redes sociais ficaram ainda mais importantes. Se por um lado elas são uma via para a desinformação, o uso delas por meios de comunicação éticos, rigorosos e objetivos demonstrou o inegável poder delas para a informação e a aproximação com o público.

Relembramos aqui as reflexões do comunicador e especialista em saúde, que também foi assessor médico do Prêmio Roche em 2014, que recomenda o bom uso das redes sociais na cobertura de pautas ou situações difíceis.

Inscreva-se na décima primeira edição do Prêmio Roche 

  1. Comunicação rápida

Para o doutor Rivera, buscar de forma rigorosa informação sanitária ou científica com fontes adequadas como revistas científicas, ler, interpretar elas e colocá-las no contexto da comunidade, é igual que em qualquer outra cobertura jornalística. Mas no caso de uma cobertura de um tema delicado, difícil ou urgente, as redes sociais aparecem como uma ferramenta que permite entregar essa mensagem de forma imediata e em qualquer momento, sem esperar um horário de publicação ou transmissão em rádio ou televisão.

Esse é, segundo o especialista, um primeiro benefício das plataformas digitais: a habilidade de transmitir- de maneira rápida – o conhecimento ao público, levando em conta que em uma situação difícil (uma pandemia, um conflito armado, um desastre natural, entre outros) “esse conhecimento pode salvar vidas”.

  1. Contato

Como jornalistas, planejamos junto com nosso editor ou equipe o conteúdo e o norte que nossas publicações vão ter. Mas ao publicá-las nas redes sociais, em formatos adequados, cria-se um cenário para a interação com o público bastante favorável para o próprio trabalho jornalístico, opinou Juan Rivera.

Segundo o especialista, por meio disso se pode conhecer as dúvidas mais comuns do público em relação ao tema que está sendo coberto, o que permite “mudar os temas para tirar as dúvidas ou confusões das pessoas”.

Ou seja, a resposta e a interação do público com o conteúdo jornalístico nas redes se convertem em insumo para a cobertura da pauta.

  1. Reconhecimento

A interação que as redes sociais oferecem não pode ser só de uma via. Também deve haver um exercício de entendimento, por parte do jornalista, sobre o público dessas plataformas antes de falar com eles para alcançar uma melhor conexão, sobretudo na cobertura de um tema difícil, urgente ou sensível.

Para o médico e comunicador, a transmissão desse conhecimento deve ser adequada, sem subjetividades, e deve ressoar no público. É ali onde exercício prévio de conhecimento sobre quem vai consumir o conteúdo importa. O que se procura, segundo o doutor Rivera, é estabelecer um diálogo com o público e poder “transferir o conhecimento científico”.

  1. Manter o tradicional

Ainda que a maneira de transmitir a informação seja outra, o doutor Juan Rivera assegurou que a forma de conseguir isso não deve se afastar dos fundamentos do jornalismo. Por mais que o conteúdo seja “leve” nas redes, a investigação, a leitura e o acompanhamento de revistas científicas não deve parar.

“Tem que fazer isso de uma forma clara, direta e muito importante para que vocês possam receber a retroalimentação que só pode ser recebida por meio dessas plataformas”, indicou o assessor. “Elas são excelentes para responder as perguntas do público e para alcançar muitíssimas pessoas”, agregou.

Sobre o Prêmio Roche

O Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde é uma iniciativa da Roche América Latina com a Secretaria Técnica da Fundação Gabo, que procura premiar a excelência e estimular a cobertura jornalística de qualidade sobre temas de saúde e ciência na América Latina, integrando os olhares sanitário, econômico, político, social, entre outras áreas da investigação no jornalismo.

Para mais informações ou dúvidas sobre a décima primeira edição do Prêmio Roche, escreva para o email: premioroche@fundaciongabo.org

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