Pular para o conteúdo

Noticías

Três componentes cardinais para cobrir histórias sobre acesso à saúde

Três componentes cardinais para cobrir histórias sobre acesso à saúde

março 03, 2020

O Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde, que está com as inscrições abertas para sua oitava edição até 2 de abril, permitiu estabelecer um panorama de como anda a cobertura de saúde na América Latina e quais temas mais preocupam os jornalistas.

Em 2019, o tema de acesso à saúde foi o mais tocado nas histórias avaliadas pelos jurados da categoria Jornalismo Escrito, na qual a reportagem Exclusivo: Por dentro de uma ‘clínica secreta’ de aborto no WhatsApp foi a vencedora.

Dos 38 trabalhos que chegaram à rodada final, o jurado – composto por David González, jornalista investigativo e consultor editorial, e Andrew Fishman, editor geral de The Intercept Brasil; mais a assessoria médica de Carlos Francisco Fernández, assessor na cobertura de temas de saúde da Casa Editorial El Tiempo – encontrou uma grande quantidade de reportagens com foco nas problemáticas que giram em torno do acesso aos serviços de saúde na América Latina. 

Para este tipo de cobertura jornalística, de acordo com o jurado, é necessário compreender que a investigação pode enveredar a cenários nacionais (o sistema de saúde de um país), regionais (províncias, estados e cidades) ou individuais (uma pessoa com dificuldades para encontrar atendimento médico).

“Há uma importante preocupação do jornalismo latinoamericano em olhar como a população está sendo atendida pelos sistema de saúde de cada país e isso tem a ver com uma imprensa que examina com frequência as instituições de bem estar social, o funcionamento dos hospitais, o mercado de remédios e as promessas dos políticos sobre melhoras na infraestrutura hospitalar”, comentou David González.

Você poderia se interessar por: Recomendações de Nora Bar para cobertura de jornalismo de saúde

Essa preocupação, quando plasmada em uma reportagem, uma crônica ou uma notícia, exige três componentes principais: investigação detalhada e exaustiva, depoimentos de várias fontes e linguajar científico em uma linguagem compreensível, afirmaram González, Fishman e Fernández, que mencionaram como exemplo disso o trabalho da brasileira Nathalia Passarinho.

Esta reportagem narra os riscos e as dificuldades das brasileiras que decidem abortar de forma clandestina a partir das recomendações de um grupo de mulheres no Whatsapp. O jurado ressaltou o enfoque balanceado do trabalho, conquistado graças a um diálogo perfeito entre as cifras, os conceitos médicos e as posturas frente ao problema. “A qualidade narrativa, o tratamento contextualizado e o domínio técnico do tema se traduziram em um enfoque social com independência e critério ético que englobam as exigências fundamentais do jornalismo em saúde que requer o mundo de hoje”, disse o trio de jurados. 

Menção honrosa

Neste ano, o Prêmio Roche vai entregar uma menção honrosa a cada uma das três categorias da premiação – Cobertura Diária, Jornalismo Sonoro e Jornalismo Digital – aos melhores trabalhos que abordem o tema de acesso à saúde. As histórias que os autores inscrevam no prêmio e que contenham esse tema como seu eixo principal concorrerão ao reconhecimento automaticamente. 

Convidamos você a se inscrever no Prêmio Roche 2020

Sobre o Prêmio Roche

O Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde é uma iniciativa da Roche América Latina com a Secretaria Técnica da Fundação Gabo. A premiação busca dar reconhecimento à excelência e fomentar o jornalismo de qualidade na cobertura de temas de saúde na América Latina. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Feito com por