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Seis práticas que não devem ser esquecidas pelo jornalismo de saúde e ciência

Seis práticas que não devem ser esquecidas pelo jornalismo de saúde e ciência

maio 10, 2023

A jornalista científica colombiana Lisbeth Fog Corradine falou durante a cerimônia de premiação do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2022 sobre os desafios do jornalismo de saúde e ciência ao abordar temas que passaram de “patinho feio das redações” a “cisne” depois da pandemia.

Após a abertura das inscrições para a décima primeira edição do prêmio – que estarão abertas até 12 de julho de 2023 – mostramos a seguir as reflexões da editora da revista de jornalismo científico Pesquisa Javeriana para motivar o bom exercício jornalístico dos colegas da América Latina e incentivar a cobertura dos temas que possam ser inscritos no Prêmio Roche.

Inscreva-se no Prêmio Roche 2023

Em sua fala, Fog Corradine descreveu a pandemia como um “ponto de inflexão no jornalismo de saúde e no jornalismo científico de saúde”, que passou de um jornalismo de ciência e saúde feito “como um dicionário” para uma cobertura baseada em mais conhecimento.

“Agora estamos procurando diretamente artigos científicos, que foram nossas primeiras fontes de informação, médicos, e também pesquisadores”, disse a jornalista.

Conheça boas práticas identificadas pela colombiana e se desafie a tê-las em sua cobertura jornalística.

1. Rigorosidade

Seja rigoroso ao contar histórias, sem esquecer que você deve ser leve e usar uma linguagem adequada a seus diferentes públicos.

2. Evolução

Sustenta a transformação do termo saúde nas redações ao abarcar temas ambientais, especialmente o aquecimento global, na cobertura de saúde e ciência. “Estamos falando da saúde do planeta”, explicou Lisbeth Fog. “Tem a ver com tudo o que estamos fazendo ou deixando de fazer em nossos entornos, ambientes e ecossistemas”.

3. História

Dá aos antecedentes e ao contexto de uma pauta o lugar que merecem. “Também devemos pensar no que aconteceu antes, o que já foi informado sobre essa pauta. Não podemos esquecer que já houve experiências anteriores no jornalismo de saúde e não pensar que estamos criando algo nono”, disse a especialista.

4. Precisão

A checagem de dados e o jornalismo de dados se converteu na peça chave das pautas de saúde e ciência. Isso te permite ser mais preciso e responsável ao divulgar a informação, sem perder a leveza em seus relatos nem o interesse do público.

5. Sair da agenda midiática

Trabalha temas insólitos e diferentes, que chegam a outros ambientes no dia a dia, nas conversas com conhecidos. “Esses temas penetram, ficam na gente e nos tornam seres únicos em nossas histórias”, disse Lisbeth Fog.

6. Seguimento

Não abandone os temas que está trabalhando e fortaleça a relação com a fonte científica. “Estou sempre buscando na internet a última coisa escrita ou publicada sobre o tema em revistas científicas, e depois sigo me inteirando sobre ele”, comentou.

Dois conselhos

A jornalista colombiana finalizou sua fala compartilhando dois conselhos de representantes do jornalismo de saúde e ciência que podem ser usados na cobertura desses temas. “Escreva de maneira simples, emotiva e elegante”, frase de John Schwartz, jornalista científico do New York Times, especialista em mudança climática.

“Um segundo conselho que sempre uso é uma frase de Manuel Calvo Hernando, jornalista científico espanhol e divulgador científico na América Latina, que diz que quando fazemos jornalismo científico em saúde e meio ambiente devemos ter “um otimismo prudente e um pessimismo esperançado”, disse Fog Corradine. 

Sobre o Prêmio Roche

O Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde é uma iniciativa da Roche América Latina com a Secretaria Técnica da Fundação Gabo, que procura premiar a excelência e estimular a cobertura jornalística de qualidade sobre temas de saúde e ciência na América Latina, integrando os olhares sanitário, econômico, político, social, entre outras áreas da investigação no jornalismo.

Para mais informações ou dúvidas sobre a décima primeira edição do Prêmio Roche, escreva para o email: premioroche@fundaciongabo.org

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