Conheça os pré-jurados do Prêmio Roche 2025

Já começou a primeira fase de seleção da 13ª edição do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde. Este ano, em 34 dias com inscrições abertas, o certame recebeu 669 trabalhos de jornalistas de 21 países da América Latina, Espanha e Portugal. Do total, 358 trabalhos foram inscritos na categoria Jornalismo escrito, 191 em Jornalismo audiovisual e 120 em Cobertura.

Após o encerramento das inscrições, a Fundação Gabo, responsável pela secretaria técnica do prêmio, conduziu a etapa técnica, uma revisão inicial das candidaturas para verificar se cumpriam as regras da premiação.

Os trabalhos que passaram por essa etapa agora serão avaliados por 12 jornalistas da América Latina, Espanha e Portugal. Eles atuarão como pré-jurados, avaliando e pré-selecionando os trabalhos que seguirão para a fase final de julgamento em cada categoria.

Conheça os pré-jurados:

Glòria Pallarès (Espanha)

Jornalista especializada em desenvolvimento global, saúde e meio ambiente, com mais de 15 anos de experiência em veículos internacionais, centros de pesquisa e organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Seu trabalho investigativo com Mongabay e El País expôs abusos em negócios extrativos e de carbono em uma área do tamanho do Uruguai, influenciando a anulação e revisão de contratos na América Latina e África. Atua em cinco idiomas e tem formação em Biotecnologia.

Daniela Hacker (Argentina)

Jornalista especializada em acesso à saúde e licenciada em Comunicação pela Universidade de Buenos Aires.

Autora dos livros Desmitificar o câncer e 7 chaves para enfrentar o câncer, ambos reconhecidos pela Câmara Legislativa da Cidade de Buenos Aires.

Já escreveu para diversos veículos, como o Infobae, e atualmente trabalha na Radio Ciudad.

Chloe Pinheiro (Brasil)

Jornalista com 15 anos de experiência na cobertura de saúde e ciência. É editora da revista Veja Saúde (Editora Abril) e produtora do podcast independente Ciência Suja.

Em 2024, foi reconhecida como uma das cinco jornalistas mais admiradas da imprensa
brasileira em saúde e bem-estar, segundo o Hospital Albert Einstein e o portal Jornalistas&Cia. Também esteve entre os três destaques na cobertura de ciência.

Recebeu bolsas do Pulitzer Center e da Fundação Gabo, e é autora do livro Cloroquination, sobre como o Brasil se tornou o país da cloroquina e de outras curas falsas contra a COVID-19.

Desirée Esquivel Almada (Paraguai)

Jornalista, gestora cultural e escritora paraguaia. Fundadora e diretora executiva do El Otro País, meio digital especializado em jornalismo de soluções no Paraguai. É também embaixadora da SembraMedia.

Foi gerente de comunidade no IJNet Foro Pamela Howard sobre Cobertura de Crises (ICFJ). Participou de antologias literárias e dirigiu o documentário De Auschwitz a Hohenau, que complementa o livro Mengele no Paraguai, do qual foi coautora. Cofundou o site Ciencia del Sur. É palestrante internacional, mentora de projetos jornalísticos e vencedora de prêmios nacionais e do ONA Community Award 2021.

Valeria Perasso (Inglaterra)

Jornalista com 25 anos na BBC. Lidera o projeto BBC 100 Mulheres, com enfoque em direitos de meninas e mulheres. Atualmente, é assessora de desenvolvimento de mídia na BBC Media Action.

Formada em jornalismo na Argentina, iniciou sua carreira em La Nación. Possui mestrado em Antropologia Visual pela University College London (UCL) e em Cultura e Performance pela Goldsmiths College. Foi finalista do Prêmio Novo Jornalismo da Fundação Gabo, em 2007, com a série Rituales en la Ruta.

André Carvalho Ramos (Portugal)

Vencedor da Ninfa de Ouro de Melhor Documentário no Festival de TV de Monte Carlo e de Melhor Cobertura Informativa no Festival de Veneza com O Diagnóstico: COVID-19. Cobriu a crise dos refugiados na Europa, o conflito Israel-Palestina e o Brexit.

Cobriu várias campanhas eleitorais em Portugal e, em 2017, os incêndios em Pedrógão Grande e no centro do país. Trabalhou com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos nos Panamá Papers. Autor de mais de uma dúzia de grandes reportagens.

Efraín Rincón (Colômbia)

Biólogo e jornalista científico. Diretor do laboratório de comunicação Shots de Ciencia. Já cobriu saúde, ciência e meio ambiente nos meios Todo es Ciencia e La Silla Vacía, e colaborou com El Espectador, Cerosetenta, El Malpensante e Nature.

Rudy Jorge Jordán Espejo (Peru)

Repórter, documentarista, escritor e professor universitário com 18 anos de experiência em crônicas multimídia, reportagens e livros de ficção. Formado pela Universidade Católica do Peru e mestre em Escrita Criativa com bolsa da Fundação Gabo. Venceu o Prêmio Roche 2021 na categoria audiovisual com o documentário COVID-19: 100 dias da pandemia do coronavírus.

Atua como professor na mesma universidade e atualmente desenvolve documentários sobre diversidade cultural e línguas nativas do Peru.

Yaiza Perera Soler (Espanha)

Licenciada em Ciências da Informação pela Universidade Complutense de Madri, atua há 25 anos no jornal El Mundo, onde é chefe de editoria.

Especialista em prevenção do suicídio, coordena o projeto Once Vidas, série jornalística premiada (inclusive com o Prêmio Roche 2024) por abordar, com sensibilidade e rigor, o suicídio como problema social.

Mariana Zúñiga Rodríguez (Venezuela)

Jornalista e produtora de áudio. Trabalha há cinco anos na Radio Ambulante Studios e cobre a América Latina para o podcast El hilo. Antes disso, cobriu a crise política e econômica da Venezuela para diversos meios internacionais.

Theo Ruprecht (Brasil)

Theo Ruprecht é jornalista de ciência e saúde há mais de 15 anos. Já atuou como editor do site da Veja Saúde (Editora Abril), onde foi responsável pela cobertura da pandemia, e como gerente de comunicação do Hospital Israelita Einstein, além de ter sido repórter do programa Profissão Repórter, da TV Globo. É apresentador e um dos criadores do Ciência Suja, um podcast que traz casos nos quais a ciência foi deturpada. Ganhou diferentes prêmios, como o Atores da Saúde 2.0 e o Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-estar.

Marcelle Chagas (Brasil)

Jornalista, especialista em comunicação digital e divulgação científica. Pesquisadora da Mozilla Foundation na área de tecnologia e sociedade. Coordena a Rede de Jornalistas Negros pela Diversidade na Comunicação e o Observatório de Gênero, Raça e Territorialidade na Ciência. Já atuou na Fundação Oswaldo Cruz e em projetos financiados pelo CNPq.

Tem atuação internacional em temas como desinformação e justiça narrativa. É autora do Manual de Boas Práticas Antirracistas na Comunicação Digital e criadora da GriôTech, iniciativa que une saberes ancestrais e inovação tecnológica. Integra redes como a Clinton Foundation e o Columbia Women’s Leadership Network.

O que vem a seguir?

A primeira rodada de avaliação, conduzida por este grupo de jornalistas, será concluída em 21 de julho. As histórias selecionadas passarão para o júri final, que, com o apoio de um assessor médico, escolherá três finalistas por categoria e, entre elas, um vencedor.

Nesta etapa, também será selecionado um trabalho entre todas as categorias para receber a Menção Honrosa em Jornalismo de Soluções, além de três trabalhos — um por categoria — que serão reconhecidos com a Menção Honrosa na temática Valor da Inovação no Atendimento à Saúde.

Os vencedores da 13ª edição do Prêmio Roche serão anunciados em uma cerimônia de premiação durante o Roche Press Day, em outubro, na Cidade do México.