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Relatoria do julgamento do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2025
A décima terceira edição do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde colocou no centro o jornalismo colaborativo, aquele que se coloca a serviço das comunidades, é consciente do seu impacto, rigoroso em sua investigação e narra histórias transformadoras sobre os desafios no atendimento sanitário, o acesso à saúde e o papel da informação na defesa desse direito.
Os trabalhos que chegaram à última rodada de julgamento demonstraram uma maturidade narrativa e ética, com a qual os jornalistas conseguiram combinar precisão científica, sensibilidade humana e compromisso social. A seleção final de finalistas e vencedores é prova disso.
O júri do Prêmio Roche 2025, os assessores das menções honrosas em ‘Jornalismo de Soluções’ e na temática ‘Valor da inovação para o atendimento à saúde’, o assessor médico da edição e a equipe da Fundação Gabo —na qualidade de Secretaria Técnica do concurso— reuniram-se virtualmente entre 26 e 29 de agosto para selecionar os trabalhos vencedores e finalistas nas categorias Cobertura, Jornalismo audiovisual e Jornalismo escrito, assim como os merecedores das menções honrosas.
Neste ano, foram recebidas 669 inscrições em um total de 34 dias de convocatória, provenientes de 21 países ibero-americanos, incluindo Espanha e Portugal. Após uma pré-seleção realizada pelos pré-jurados, chegaram à etapa final 45 trabalhos na categoria Jornalismo escrito, 17 em Jornalismo audiovisual, 19 em Cobertura, 19 para a menção honrosa em ‘Jornalismo de Soluções’ e 18 para a menção honrosa na temática ‘Valor da inovação para o atendimento à saúde’.
Em cinco sessões, os jurados analisaram em profundidade os trabalhos jornalísticos com base nos critérios de avaliação do concurso, como qualidade narrativa, domínio técnico e contextual do tema, relevância social do enfoque, profundidade da reportagem e da investigação, independência editorial e princípios éticos, além do impacto gerado pela publicação. Estas são algumas de suas reflexões:
O poder do jornalismo audiovisual para revelar o invisível
O júri do Prêmio Roche 2025 destacou o valor do jornalismo audiovisual como uma ferramenta para expor as desigualdades em saúde e fortalecer a função social da investigação jornalística na América Latina, Espanha e Portugal.
Durante a sessão de julgamento da categoria, os jurados Nathalia Passarinho (Brasil), editora da BBC News Brasil em Londres e Juan Carlos Rincón (Colômbia), editor de Opinião do jornal El Espectador, com a assessoria médica de Daniel Nogueira (Uruguai), especialista em Medicina Familiar e Comunitária e comunicador e Subdiretor Médico da Junta Departamental de Montevidéu, refletiram sobre a força do jornalismo audiovisual para dar visibilidade a problemáticas de saúde pública, corrupção e desigualdade.
Ao longo da deliberação, o grupo concordou que o rigor investigativo, o impacto social e a ética no tratamento das fontes são pilares essenciais das produções jornalísticas que aspiram transformar realidades. Entre os critérios mais valorizados estiveram a profundidade da apuração, a relevância social do enfoque e a capacidade da narrativa audiovisual de gerar conscientização e mudanças concretas.
Os finalistas e o vencedor desta categoria abordam temas semelhantes, com diferentes enfoques e alcances. Nos três trabalhos são narradas as consequências para a saúde de distintos casos de negligência estatal no Peru, na Colômbia e no Brasil. Da mesma forma, coincidem em que todos tiveram impacto nas políticas públicas e na conscientização sobre o problema em seus respectivos países.
Os jurados decidiram premiar o trabalho “Corrupción enlatada” como vencedor da categoria, levando em conta que trouxe à luz uma rede de corrupção entre empresas privadas e órgãos públicos em um programa de alimentação social, e que a investigação teve consequências políticas e penais. “É preciso premiar o jornalismo que tem impacto, o jornalismo feito para as pessoas e o jornalismo que gera benefícios sociais”, refletiu Juan Carlos Rincón.
Tanto “Atrato envenenao: la huella del mercurio” quanto “Malária, pneumonia, desnutrição, contaminação por mercúrio: Fantástico mostra a tragédia humanitária na Terra Indígena Yanomami” mergulham nas realidades de comunidades isoladas, nas afetações à saúde causadas por contaminação e fatores externos, e na dificuldade de acesso dessas populações aos serviços de saúde.
No caso de “Malária, pneumonia, desnutrição, contaminação por mercúrio”, Daniel Nogueira destacou que “mostra imagens fortes sem cair no sensacionalismo, representa de maneira respeitosa uma situação realmente dantesca e, como o próprio título diz, trata-se de uma verdadeira tragédia humanitária.”
“Atrato envenenao” foi reconhecido por sua narrativa e trabalho de campo, e pela forma como os jornalistas, ao mesmo tempo em que realizavam a reportagem, dedicaram-se a explicar aos membros da comunidade ribeirinha as implicações de sua situação. “Gostei muito da edição, dos relatos, da forma como a história é contada. Acho a informação muito sólida e bem apresentada”, explicou Nathalia Passarinho.
“Mais do que os trabalhos precisarem deixar uma resposta ou uma mensagem — o que faz parte das bases do concurso —, acredito que, neste caso, o interessante é que o prêmio também deixe uma mensagem”, concluiu Daniel Nogueira, sobre o poder dos trabalhos selecionados para dar visibilidade a problemáticas sociais.
A cobertura jornalística como espelho das desigualdades em saúde
Com uma grande variedade de temas, formatos e enfoques, os trabalhos apresentados na categoria Cobertura também se destacaram pela excelente qualidade jornalística, refletida na apuração, na composição narrativa, na execução técnica, na precisão da linguagem e no rigor científico.
“Perguntei-me muito —enquanto lia, ouvia e assistia a todos os trabalhos— como podiam ser tão equilibrados. Foi muito difícil tomar uma decisão, porque havia inúmeros trabalhos que, a meu ver, atingiam níveis de excelência, muito inovadores, profundos e detalhados. Não encontrei erros evidentes nas coberturas jornalísticas. Realmente foi muito difícil julgar”, afirmou a jornalista científica, editora e colunista Nora Bär (Argentina), jurada da categoria.
O júri, em conjunto com Daniel Nogueira, assessor médico desta edição, concordou que as coberturas premiáveis são aquelas que transcendem o dado médico e abordam os temas de saúde a partir de uma perspectiva integral, aprofundando-se nas causas estruturais das desigualdades: o acesso desigual, as políticas públicas ineficazes e as condições sociais que determinam a saúde. Também foi enfatizada a importância de combinar rigor científico, sensibilidade narrativa e impacto social comprovável.
A seleção final dos trabalhos é heterogênea, tanto nas temáticas —que incluem as consequências da contaminação na qualidade de vida, o problema estrutural no atendimento sanitário de pessoas trans e a saúde feminina— quanto nos formatos, com peças que exploram a linguagem audiovisual, a fotografia, a multimídia e o podcast.
“Encendidas” foi um dos finalistas desta categoria, descrito pelo jurado Carlos Henrique Fioravanti (Brasil), editor especial da Pesquisa FAPESP, como “uma série de conversas animadas e educativas, importantes para dissipar equívocos sobre a menopausa”, que, como acrescentou Nogueira, “é um estado fisiológico da mulher e não uma doença, como muito bem expressam as autoras”.
Este podcast foi reconhecido pelo júri por sua capacidade de abordar um tema sério com uma linguagem prática e clara, sem perder o rigor, mas acrescentando um toque de humor que o torna atraente e próximo, mantendo a atenção do ouvinte.
O outro trabalho finalista foi “Que el TRÁNSito no les cueste la vida”, uma investigação sobre o uso perigoso de biopolímeros em pessoas trans para reafirmar sua identidade de gênero, uma problemática pouco explorada, com um enfoque original e ousado. “É uma peça que tem muito a ensinar em termos de atitude jornalística, sobre como abordar um tema difícil e com pessoas muito feridas, uma população vulnerável”, destacou Carlos Henrique Fioravanti.
Como vencedor foi escolhido “Los olvidados de Hidalgo”, uma investigação sobre a crise ambiental e sanitária provocada pelas águas residuais do Vale do México em comunidades ao norte de Tula. Uma peça que se destacou pela forma de abordar a saúde sob o enfoque holístico de “uma só saúde” da OMS, que considera as pessoas, os animais e os ecossistemas.
“Há, no trabalho, uma integração de algo que está ganhando cada vez mais força, que são os determinantes da saúde. Às vezes, focamos muito na saúde apenas sob o ponto de vista da assistência hospitalar, mas, em medicina de família, por exemplo, trabalhamos com três eixos. Um é o eixo biopsicológico, tudo o que envolve patologia, prevenção e saúde física e mental. Outro é o eixo familiar, que é igualmente importante. E um eixo sociocultural, onde entra o meio ambiente também. Este trabalho é muito completo nesse sentido, porque aborda diferentes aspectos que, juntos, convergem para uma boa qualidade de vida”, explicou o assessor médico Daniel Nogueira.
A escrita como forma de rigor: o jornalismo que perdura
O julgamento da categoria Jornalismo Escrito foi um dos mais extensos e complexos do processo. Por ser a categoria que mais recebeu inscrições na convocatória do prêmio, o número de trabalhos que chegaram a esta etapa foi maior do que nas demais. Os jurados Patricia Fernández de Lis (Espanha), editora-chefe do Materia, a seção de Ciência do jornal El País, e Ricardo Corredor Cure (Colômbia), diretor do Centro de Estudos em Jornalismo da Universidade dos Andes, analisaram um total de 45 trabalhos nesta discussão.
Nesta sessão, destacou-se o valor da palavra como ferramenta de investigação, memória e denúncia, e foi reconhecida a maturidade narrativa dos textos que abordam a saúde a partir de suas causas estruturais.
A conversa foi marcada por um consenso: o jornalismo escrito continua sendo o formato que sustenta a memória e aprofunda a verdade. Nos textos avaliados, os jurados identificaram uma evolução na qualidade narrativa e na compreensão da saúde como fenômeno social. “Fico maravilhada e entusiasmada com o crescimento tão constante, ano após ano, na qualidade dos trabalhos apresentados. Isso é um prazer”, afirmou Fernández de Lis.
Apesar de se ter falado sobre a valorização do texto escrito como forma de manter a essência do ofício por meio da palavra bem trabalhada, da investigação profunda e do contexto que permite compreender as causas, também foi observada a tendência a peças desnecessariamente longas. “Muitas vezes há uma ambição de fazer um texto enorme, porque parece que, se não for assim, não é uma boa reportagem. Mas às vezes uma boa reportagem tem que ser curta”, comentou Fernández de Lis. Ao que Ricardo Corredor acrescentou: “Se alguém quer escrever com muita profundidade, suas habilidades narrativas realmente precisam ser de altíssima qualidade, porque a concorrência –e a economia da atenção– estão muito difíceis”.
Esse não é o caso do trabalho “Los órganos no van al cielo”, selecionado como finalista, que, apesar de ser um texto extenso, “não parece longo, porque prende o leitor, por seus elementos multimídia, porque a narrativa é muito boa e porque tem um bom equilíbrio entre os testemunhos pessoais e os dados”, disse Fernández de Lis. Essa peça, sobre a crise de doação de órgãos na América Latina, onde milhares aguardam transplantes e muitos morrem por falta de doadores, “é muito completa”, segundo Fernández de Lis. “É muito interessante o enfoque geral, algo que não aconteceu com nenhuma outra reportagem: tem uma perspectiva latino-americana.”
Outro texto extenso que foi escolhido como finalista foi “Las clínicas del miedo: los centros de conversión sexual en Ecuador”. Nesse caso, o trabalho se destacou como “um esforço de narrar com as ferramentas clássicas do jornalismo narrativo, como uma maneira de realmente gerar empatia no leitor em relação ao sofrimento das pessoas que ainda são estigmatizadas por sua orientação sexual. É uma aposta em demonstrar que um texto ainda tem esse poder de fazer sentir, de colocar-se no lugar do outro, que é a força do jornalismo narrativo”, explicou Corredor.
Nesta categoria, o trabalho reconhecido como vencedor foi “Marajó profundo”, uma série de reportagens sobre a violência sexual, abusos intrafamiliares e gravidez precoce nas comunidades ribeirinhas de Marajó (Pará, Brasil). O júri destacou o exercício de apuração e o trabalho de campo por trás da investigação, ao adentrar-se na comunidade e mostrar os testemunhos das pessoas afetadas, contrastando-os com as fontes oficiais e autoridades. “Há um espírito aventureiro e de envolvimento com a realidade”, comentou Daniel Nogueira, assessor médico da edição. Da mesma forma, o júri ressaltou também a consolidação de um jornalismo especializado na trajetória do jornalista Vinicius Sassine, autor das reportagens e já vencedor do Prêmio Roche 2017, e seu grande aporte ao ofício ao persistir em uma cobertura profunda e rigorosa de saúde e ciência.
“Acredito que estamos transmitindo a mensagem correta: que acreditamos no jornalismo científico que aprofunda o jornalismo em saúde, que se debruça sobre os problemas dos cidadãos menos favorecidos e que, além disso, busca soluções para eles”, concluiu a jurada Patricia Fernández de Lis na sessão.
Ao longo da discussão, também foi reconhecido o trabalho “La angustiosa espera en los diagnósticos y tratamientos de cáncer de mama en el GES”, publicado na Vergara 240, plataforma digital da Escola de Jornalismo da Universidade Diego Portales, no Chile. Embora o trabalho não tenha sido selecionado entre os finalistas da categoria, surpreendeu pela solidez narrativa e senso de ofício, alcançando a etapa final do julgamento. Para o júri, este é um exemplo do que o jornalismo universitário pode alcançar.
Jornalismo que inova a partir das soluções
No último dia de julgamento do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2025, foram escolhidos os trabalhos merecedores das menções honrosas em ‘Jornalismo de Soluções’ e na temática ‘Valor da inovação para o atendimento à saúde’.
A deliberação sobre a menção em ‘Jornalismo de Soluções’ concentrou-se em trabalhos que não apenas apresentam respostas, mas que também as analisam, questionam e mostram seus limites em contextos concretos.
Durante a sessão, enfatizou-se que o jornalismo de soluções não consiste apenas em contar “boas notícias” ou exaltar uma prática, como explicou Daniel Nardin (Brasil), assessor desta menção honrosa. “Muitas vezes se adiciona apenas um parágrafo, alguma menção sobre um caminho ou uma resposta, mas isso não é jornalismo de soluções. Para que seja, precisamos trabalhar sobre quatro pilares: o problema e a resposta, as evidências da resposta, o conhecimento e as limitações”, ressaltou Nardin. Esse marco de quatro pilares foi utilizado como principal filtro para selecionar as cinco peças que chegaram à discussão final.
Por esse motivo, este reconhecimento foi concedido ao trabalho “Além do esquecimento”, que aborda com clareza e sensibilidade a demência no Brasil, aprofundando-se no alcance e nas limitações do Plano Nacional de Demências, um conjunto de políticas públicas e estratégias criadas para garantir o bem-estar dos pacientes e de suas famílias.
No caso da menção honrosa na temática ‘Valor da inovação para o atendimento à saúde’, o assessor médico Daniel Nogueira e a assessora para esta menção, Lisbeth Fog (Colômbia), priorizaram trabalhos que demonstram mudanças concretas na atenção clínica, comunitária ou nas políticas de saúde.
Em um primeiro momento, Fog esclareceu que “quando falamos de inovação para a atenção à saúde, não falamos apenas de aparelhos e tecnologias novas aplicadas aos pacientes, mas também de políticas públicas, inovação em política pública voltada para a atenção à saúde”.
Tendo isso como guia, foi escolhido para este reconhecimento o trabalho “Desenterrar el clítoris: la cirugía reparadora de Asha”, que aborda a problemática da ablação a partir de uma perspectiva inovadora, narrando como os avanços da tecnologia, colocados a serviço da medicina e da ciência, influenciam na recuperação física, funcional, psicológica e social de uma mulher por meio da reconstrução de seu clitóris.
É importante destacar que esta é a primeira edição em que se entrega a menção honrosa nesta temática.
Perfis dos jurados e assessores das menções honrosas
Nathalia Passarinho (Brasil) – Jornalismo audiovisual: é editora da BBC News Brasil em Londres, onde trabalha desde 2017. Graduada em Jornalismo em 2009 pelo Centro Universitário de Brasília e com mestrado em Estudos da América Latina pela Universidade de Oxford. Foi jornalista política por quase 10 anos e publicou em veículos como G1, GloboNews e TV Globo. Cobriu a Assembleia Geral da ONU e reuniões do G20, além das COP 26 e 27. Em 2019, ganhou o Prêmio Roche com a reportagem Exclusivo: Por dentro de uma clínica secreta de aborto no WhatsApp. Foi jurada do Prêmio Gabo em 2021 e 2024.
Juan Carlos Rincón Escalante (Colômbia) – Jornalismo audiovisual: é jornalista três vezes vencedor do Prêmio Nacional de Jornalismo Simón Bolívar. Também é escritor, professor universitário, palestrante e advogado, com mestrado em Direito (Pesquisa) pela Universidade dos Andes. Trabalha como editor de Opinião do jornal El Espectador, onde ajudou a criar diversos projetos digitais, incluindo La Pulla e La Puesverdad, que somam mais de um milhão de seguidores e centenas de milhões de visualizações. Em 2020, junto com Cecilia Ramos, publicou o livro ilustrado La depresión (no) existe, que já vendeu mais de 20 mil exemplares, está em sua 16ª edição na Colômbia e foi publicado também na Espanha e no México.
Nora Bär (Argentina) – Cobertura: é jornalista científica e ex-editora de Ciência/Saúde do jornal LA NACIÓN. Apresentadora do programa El Arcón, ciencia, salud y tecnología na Rádio Trend Topic. Escreve para El Destape Web. Foi professora e estudou Letras e Tradução de Francês na Universidade de Buenos Aires. Foi jurada e orientadora de teses sobre jornalismo científico, professora convidada em diversas universidades e palestrante em congressos internacionais. Além de uma longa lista de prêmios, em 1997, 2007 e 2017 recebeu o diploma ao mérito em divulgação científica concedido pela Fundação Konex. Em 2002, ingressou na Academia Nacional de Jornalismo. Integra a Rede Argentina de Jornalistas Científicos.
Carlos Henrique Fioravanti (Brasil) – Cobertura: é graduado em Jornalismo pela Universidade de São Paulo, fellow do Reuters Institute for the Study of Journalism da Universidade de Oxford e doutor em Política de Ciência e Tecnologia pela Universidade de Campinas. Desde 1985, escreve sobre ciência para jornais e revistas do Brasil, dos Estados Unidos e da Inglaterra. Desde 1999, é um dos editores da revista Pesquisa Fapesp, uma das principais publicações brasileiras na área. Recebeu o Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade em cinco ocasiões (2003 a 2014), o Prêmio de Jornalismo Científico do Mercosul (2018), o Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica (2020) e o Prêmio IMPA de Jornalismo (2022).
Ricardo Corredor Cure (Colômbia) – Jornalismo escrito: é diretor do Centro de Estudos em Jornalismo da Universidade dos Andes. Trabalhou como consultor em comunicações estratégicas e foi coordenador da estratégia de comunicações da Comissão para o Esclarecimento da Verdade, da Convivência e da Não Repetição da Colômbia entre 2020 e 2022. Anteriormente, atuou como diretor da Universidade Jorge Tadeo Lozano, seccional Caribe, com sede em Cartagena. De 2011 a 2018, foi diretor executivo da Fundação Gabo.
Patricia Fernández de Lis (Espanha) – Jornalismo escrito: possui mais de 20 anos de experiência como jornalista nas áreas de economia, ciência e tecnologia. Trabalhou por mais de 10 anos como redatora do jornal El País, da Espanha. Em 2007, integrou a equipe fundadora do jornal Público, como editora da seção de Ciências. Em 2012, fundou o site de notícias Materia, que se associou ao El País em setembro de 2014, quando Patricia foi nomeada editora-chefe de Ciência e Tecnologia do jornal.
Lisbeth Fog (Colômbia) – Assessora para a menção honrosa na temática ‘Valor da inovação para o atendimento à saúde’: é comunicadora social e jornalista pela Universidade Jorge Tadeo Lozano, com mestrado em Reportagem Científica, Saúde e Meio Ambiente pela Universidade de Boston (EUA), como bolsista Fulbright. Atualmente, é professora do Mestrado em Jornalismo Científico da Pontifícia Universidade Javeriana, colunista do El Espectador virtual e colabora ocasionalmente com meios impressos e digitais. É palestrante e instrutora em comunicação pública da ciência e jornalismo científico.
Daniel Nardin (Brasil) – Assessor para a menção honrosa em ‘Jornalismo de Soluções’: é jornalista formado pela Universidade Federal do Pará, com mestrado em Comunicação e Sociedade pela Universidade de Brasília. Fellow 2024 do International Center for Journalists (ICFJ), membro da Oxford Climate Journalism Network e instrutor credenciado de Jornalismo de Soluções pela Solutions Journalism Network (SJN). Possui 20 anos de experiência em jornalismo na Amazônia, atuando em redações e nas áreas pública e privada. Fundou e lidera o projeto Amazônia Vox, dedicado ao jornalismo de soluções e à construção de um banco de fontes e jornalistas freelancers da Amazônia.
Daniel Nogueira (Uruguai) – Assessor médico: é médico, especialista em Medicina de Família e Comunidade, e também comunicador. Atualmente, atua como Subdiretor Médico da Junta Departamental de Montevidéu (Uruguai). É jornalista no programa 8AM, matinal do Canal 4 de Montevidéu, e presta assessoria médica e de comunicação na Pulso, empresa de serviços de acompanhamento em saúde.