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Notícias 2025

Conheça aos finalistas do Prêmio Roche 2025

Conheça aos finalistas do Prêmio Roche 2025

setembro 16, 2025
  •  Este ano, em 34 dias de convocatória, a premiação recebeu 669 trabalhos de jornalistas de 19 países da América Latina, assim como da Espanha e de Portugal.
  • Os finalistas foram escolhidos a partir de uma pré-seleção de 81 trabalhos.
  • Os trabalhos vencedores serão anunciados em uma cerimônia de premiação durante o Roche Press Day 2025, em outubro.

O júri do Prêmio Roche 2025 analisou e se decidiu. Já foram selecionados os 9 finalistas do total de 669 trabalhos inscritos na premiação. Nesta décima terceira edição, foram inscritos 358 trabalhos na categoria de Jornalismo escrito, 191 em Jornalismo audiovisual e 120 em Cobertura.

Na primeira etapa do julgamento desta edição, 12 jornalistas ibero-americanos fizeram uma pré-seleção de 81 trabalhos. Após uma avaliação individual, o júri —formado por seis reconhecidos jornalistas e pelo assessor médico desta edição, Daniel Nogueira— reuniu-se virtualmente entre 26 e 29 de agosto para discutir e avaliar os concorrentes. Ao longo desse processo, escolheram três trabalhos finalistas por categoria, que competirão pelo reconhecimento à excelência em jornalismo em saúde. Os vencedores serão anunciados no próximo 8 de outubro em uma cerimônia de premiação, na Cidade do México.

Durante as sessões de julgamento também participaram os dois assessores para as menções de honra desta edição, que decidiram quais trabalhos receberão o reconhecimento em “Jornalismo de soluções” e em “Valor da inovação para o atendimento à saúde”.

Conheça os trabalhos finalistas e merecedores de menções de honra:

Jornalismo escrito

Nesta categoria, avaliada por Patricia Fernández de Lis (Espanha), redatora-chefe de Ciência e Tecnologia de El País, e Ricardo Corredor Cure (Colômbia), diretor do Centro de Estudos em Jornalismo da Universidade dos Andes, com a assessoria médica de Daniel Nogueira (Uruguai), especialista em Medicina de Família e Comunidade e Subdiretor Médico da Junta Departamental de Montevidéu, foram selecionados como finalistas:

“Las clínicas del miedo: los centros de conversión sexual en Ecuador”

Autor: Alexis Serrano Carmona

Meio: Revista Gatopardo

País: Equador

Conceito do júri:

É um trabalho que aposta no texto escrito de grande formato, fazendo uso dos princípios clássicos do jornalismo narrativo como ferramenta para conectar com o leitor. O júri considera que a obra faz um grande trabalho ao dar visibilidade à discriminação e estigmatização que estão por trás das terapias de conversão sexual, assim como ao impacto que o enraizamento cultural de determinadas crenças tem na saúde e na vida das pessoas.

Veja o trabalho

“Los órganos no van al cielo”

Autora: Angélica Barrera López

Meio: Semana.com

País: Colômbia

Conceito do júri:

O trabalho narra com sensibilidade e rigor uma temática que segue sendo um desafio na América Latina. A investigação jornalística e a alta qualidade narrativa do texto permitem dar relevância aos determinantes sociais e culturais que influenciam o acesso à saúde. A estrutura do texto e o uso de recursos multimídia facilitam a leitura e contribuem para o equilíbrio entre dados e depoimentos de valor.

Veja o trabalho

“Marajó profundo”

Autores: Vinicius Sassine e Lalo de Almeida

Meio: Folha de S.Paulo

País: Brasil

Conceito do júri:

Esta série de reportagens aborda com profundidade o abandono estatal existente na região do Marajó. Os diferentes textos denotam o exercício de reportagem e trabalho de campo por trás da investigação, ao adentrar comunidades e mostrar os depoimentos das pessoas afetadas, fazendo contraste com as fontes oficiais e autoridades.

Veja o trabalho

Jornalismo audiovisual

Nesta categoria, avaliada por Nathalia Passarinho (Brasil), editora da BBC News Brasil em Londres, e Juan Carlos Rincón (Colômbia), editor de Opinião do jornal El Espectador, com a assessoria médica de Daniel Nogueira (Uruguai), especialista em Medicina de Família e Comunidade e Subdiretor Médico da Junta Departamental de Montevidéu, foram selecionados como finalistas:

“Atrato envenenao: la huella del mercurio”

Autores: Juan Carlos Hernández Mozo, Daniela Amaya Rueda, Marcela Becerra Rodríguez, Sofía Angulo Ballén e Camilo Andrés Garzón

Meio: La Silla Vacía

País: Colômbia

Conceito do júri:

Este trabalho evidencia os impactos do mercúrio na saúde das comunidades afrodescendentes que habitam a bacia do rio Atrato, na Colômbia, como resultado da mineração ilegal. Além de mostrar a relevância social do tema, teve um papel importante na conscientização da população afetada pelo mercúrio, que não tinha conhecimento claro do nível de contaminação ao qual estava exposta.

Veja o trabalho

“Corrupción enlatada”

Autores: Hernán P. Floríndez, Jefferson Luyo Salvador, Renzo Bambarén, Ana Briceño y Christopher Acosta

Meio: Latina Noticias

País: Peru

Conceito do júri:

É uma investigação complexa e rigorosa que, a partir de um vazamento de informações, consegue evidenciar uma trama de corrupção na distribuição de alimentos escolares em áreas vulneráveis do Peru. O júri destaca a reportagem, que faz um exercício de contraste de fontes, de verificação da informação e se desloca aos locais dos fatos para conversar com os afetados e confrontar a trama de corrupção.

Veja o trabalho

“Malária, pneumonia, desnutrição, contaminação por mercúrio: Fantástico mostra a tragédia humanitária na Terra Indígena Yanomami”

Autores: Renata Chiara, Sônia Bridi, Paulo Zero, Fillipi Nahar, James Alberti y Monica Reolom

Meio: Fantástico – TV Globo

País: Brasil

Conceito do júri:

O trabalho dá visibilidade à vulnerabilidade do povo Yanomami de maneira respeitosa e rigorosa. O júri reconhece o papel da reportagem e do trabalho de campo na configuração de uma narrativa envolvente, com imagens impactantes e poderosas, excelente apresentação e bom uso de fontes científicas e oficiais. A reportagem teve grande impacto na política pública e na percepção dos brasileiros sobre a crise sanitária vivida pela comunidade indígena.

Veja o trabalho

Cobertura

Nesta categoria, avaliada por Nora Bär (Argentina), jornalista científica, editora e colunista, e Carlos Henrique Fioravanti (Brasil), editor especial da Pesquisa FAPESP, com a assessoria médica de Daniel Nogueira (Uruguai), especialista em Medicina de Família e Comunidade e Subdiretor Médico da Junta Departamental de Montevidéu, foram selecionados como finalistas:

“Encendidas pódcast”

Autores: Mariana Carbajal, Ingrid Beck, Lucía Lubarsky y Agustina Santoro

Meio: Independente

País: Argentina

Conceito do júri:

É um podcast que aborda a menopausa de maneira original, com linguagem prática e clara. É rigoroso com um toque de humor, o que o torna atraente e próximo da audiência, mantendo a atenção do ouvinte e conseguindo se aproximar de um tema tabu que aflige um número cada vez maior de mulheres. O dinamismo da conversa entre as participantes e suas interações com diferentes convidados o tornam um trabalho inovador, compreensível e surpreendente.

Veja o trabalho

“Los olvidados de Hidalgo”

Autores: Carlos Carabaña, Paul Ramírez, Omar Torres Bobadilla, Enrique de la Mora, Raymundo Mondragón, Cecilia Guadarrama, Alberto Filio, Íñigo Arredondo Vera y Omar Sánchez de Tagle

Meio: N+ Focus

País: México

Conceito do júri:

Este trabalho multimídia aborda a história de abandono de uma comunidade, a falta de políticas adequadas e de respostas das autoridades, colocando na mesa uma discussão sobre o conceito de saúde pública. É uma investigação com profundidade que traz à tona um tema que se repete em muitas cidades da América Latina e do mundo. É um trabalho integral, que combina várias técnicas narrativas e formatos de maneira muito bem-sucedida, tornando-o mais atraente e mantendo o interesse do público.

Veja o trabalho

“Que el TRÁNSito no les cueste la vida”

Autores: Dayana Herrera Valbuena y José Vargas Esguerra

Meio: El Espectador

País: Colômbia

Conceito do júri:

É uma investigação com profundidade com um enfoque original e poucas vezes explorado. Traz à luz uma problemática que aflige uma população vulnerável, marginalizada e estigmatizada, dando visibilidade à discriminação e à violência a que é submetida. Utiliza uma narrativa inovadora e arrojada, com uma impactante produção fotográfica. O trabalho lida muito bem com um tema difícil e demonstra excelente trabalho de reportagem ao tratar com pessoas vulneráveis.

Veja o trabajo

Menções honrosas

Um total de 433 trabalhos concorreram à menção de honra em “Jornalismo de soluções”. O trabalho vencedor foi escolhido pelo fundador do projeto Amazônia Vox, Daniel Nardin (Brasil), com a assessoria médica de Daniel Nogueira.

“Além do esquecimento”

Menção de honra em “Jornalismo de soluções”

Autores: Bernardo Mortimer Gomes Carneiro, Teresa Vieira, Drauzio Varella, André Alaniz, Rafael Quintão, Daniel Peralta e Marcelo Outeiral.

Meio: Fantástico – TV Globo

País: Brasil

Conceito do júri:

É um trabalho com apresentação atraente e bem feita, com depoimentos interessantes e bom manejo dos dados. Aborda com clareza e sensibilidade a demência, um tema pouco tratado pela mídia no Brasil, aprofundando os alcances e limitações do Plano Nacional de Demências, um conjunto de políticas públicas e estratégias pensadas para garantir o bem-estar dos pacientes e de suas famílias.

Além de narrar depoimentos pessoais sob diferentes ângulos, inclui casos de diferentes cidades e estados, assegurando diversidade territorial no relato. Preocupa-se em mostrar o problema e analisar as soluções disponíveis, cumprindo os quatro pilares do jornalismo de soluções:

  1. Centra-se em uma resposta a um problema social e em como essa resposta tem funcionado.
  2. Extrai as lições que tornam a resposta relevante e acessível para outros.
  3. Mostra dados ou resultados qualitativos que evidenciam a efetividade.
  4. Revela as deficiências das respostas atuais, informando sobre suas limitações.

Veja o trabalho

O trabalho vencedor da menção de honra na temática “Valor da inovação para o atendimento à saúde” foi selecionado entre 304 competidores pela docente do Mestrado em Jornalismo Científico da Pontifícia Universidade Javeriana e colunista do El Espectador virtual, Lisbeth Fog (Colômbia), com a assessoria médica de Daniel Nogueira.

“Desenterrar el clítoris: la cirugía reparadora de Asha”

Menção de honra na temática “Valor da inovação para o atendimento à saúde”

Autora: Sara Selva Ortiz

Meio: Cadena SER

País: Espanha

Conceito do júri:

É um relato comovente que se aproxima da problemática da ablação, uma experiência vivida por muitas mulheres devido a práticas culturais nocivas para a saúde. Narra com domínio técnico como os avanços da tecnologia, colocados a serviço da medicina e da ciência, influenciam na recuperação física, funcional, psicológica e social de uma mulher, por meio da reconstrução de seu clitóris.

O podcast aborda um tema tabu de maneira descontraída, cotidiana e compreensível. A jornalista conversa com as fontes sem dar uma lição. Ao longo do trabalho, evidencia-se a sólida investigação por trás da peça, abordando desde questões técnicas da intervenção cirúrgica até a situação emocional da paciente.

Veja o trabalho

 

Sobre o Prêmio Roche

O Prêmio Roche é uma iniciativa da Roche América Latina junto com a secretaria técnica da Fundação Gabo, que busca premiar a excelência e a cobertura jornalística de qualidade sobre a saúde na América Latina, Espanha e Portugal.

Para mais informações sobre a 13ª edição do Prêmio Roche, entre em contato pelo e-mail: premioroche@fundaciongabo.org

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