8 conselhos para fazer jornalismo em saúde na internet

Uma das bases da reportagem digital é aproveitar ao máximo as ferramentas proporcionadas pela internet. Nisso acreditam Hernando Álvarez e Mariluce Moura, jurados do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde de 2016, que propuseram brincar com as imagens, gráficos interativos, vídeos e textos para se chegar à criação de um único sentido informativo e visual.

A seguir, apresentamos algumas recomendações dadas sobre o tema por Álvarez e Moura durante processo de seleção dos trabalhos da categoria Internet. (Lembre-se que você pode participar do Prêmio Roche nas categorias Radio e Internet. Consulte as regras e inscreva-se).

Parta de um tema que seja valioso para a sociedade. Moura afirma que abordar uma pauta que fale sobre Alzheimer abarcando o lado científico, pessoal e sanitário dessa doença mental “é uma mensagem no sentido de que é necessário valorizar esses temas que estão no interior da nossa experiência histórica”.
Busque as raízes do problema abordado, mostrando os dados que ajudem na obtenção de uma noção geral e uma efetiva contextualização do mesmo.
Utilize novos enfoques, ou seja, encontre visões diferentes que surpreendam, como, por exemplo, novas fontes que são facilitadas pela internet.
Use imagens e vídeos que sejam concebidos desde e para a web. Um dos pilares da internet é a proximidade. Por isso, esses elementos devem ser usados para fazer com que os usuários se sintam próximos da reportagem.
Use linguagem própria da internet e que consiga narrar uma história de maneira clara para poder chegar a um público amplo. “Temos que escutar a audiência mais do que a audiência escutar a nós”, diz Álvarez.
O trabalho jornalístico deve ser agradável para os olhos do leitor. A estrutura dos jornais impressos deve ser evitada a todo custo.
A reportagem ou crônica deve ser amigável em qualquer dispositivo, seja celular, tablet, notebook ou PC.
Para medir o sucesso da história entre os leitores, mais do que levar em conta a quantidade de usuários que visitaram a página onde ela foi publicada, aconselha-se a utilizar como métrica o tempo em que os leitores permaneceram na história.
Esse conteúdo está baseado na relatoria das coisas como são, que conta os detalhes e as conclusões do processo de seleção do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde de 2016.