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O que deve e o que não deve fazer um jornalista de saúde

O que deve e o que não deve fazer um jornalista de saúde

março 03, 2020

Carlos Francisco Fernández, assessor médico do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2019 e editor de Saúde na Casa Editorial El Tiempo, deu o workshop “Certezas e horizonte do jornalismo de saúde”, e falou sobre o contexto atual da informação que circula sobre saúde, a necessidade de devolver humanidade à medicina através do jornalismo e a importância do rigor para comunicar informação relevante. Além disso, Fernández enfatizou o que deve e o que não deve fazer um jornalista de saúde.

Instados pelo Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2020, cuja inscrição está aberta até 2 de abril nas categorias Jornalismo Sonoro, Cobertura Diária e Jornalismo Digital, compartilhamos o que, segundo o especialista em saúde, deve ou não deve fazer um jornalista que cobre a área. 

  1. Os jornalistas de saúde sempre devem ter temas críticos em sua agenda. Um tema no qual sejam “magos”, referências para seus colegas e leitores que buscam informação sobre algo específico. “Não sejam generalistas ou especialistas em tudo, mas sim em uma coisa para poder ser uma referência não só para seus colegas, mas também para todo mundo. Só assim poderão fazer a diferença de uma forma mais eficiente”.
  2. O jornalista de saúde precisa de uma especialização, porque interpreta indicadores, se aprofunda nos temas, identifica áreas críticas e constrói em cima de dados e informação relevante que não pode ser interpretada de forma simplória. Os relatórios e boletins que um governo de um país divulga sobre a situação da saúde pública e do setor em geral, por exemplo, precisam ser interpretados por um especialista para chegar de maneira adequada à audiência. 
  3. Que a informação que um meio possa publicar sobre medicina tenha um valor importante na percepção das pessoas não transforma o jornalista de saúde em fonte. Carlos Fernández destacou este aspecto por causa da confusão que costuma acontecer quando um jornalista de saúde se torna uma referência e ultrapassa o papel que deve assumir como um comunicador de um tema.

Convidamos você a se inscrever no Prêmio Roche 2020

  1. Verificar as fontes utilizadas para se comunicar com os leitores: quem são, quais interesses podem ter, quem são aqueles que os financiam, quais são seus antecedentes, qual reconhecimento têm e o que desejam. 
  2. Um jornalista deve sempre desconfiar da informação que recebe de uma descoberta médica que possui apenas uma fonte. Nesse sentido, ele deve ter acesso à informação primaria, seja em um artigo científico ou em uma pesquisa profunda, e contrastá-la antes de usar a informação veiculada antes por outro meio ou agência de notícias. 
  3. O jornalista de saúde não deve ser sensacionalista, deve evitar criar alarmismo social usando palavras como “pandemia” e “epidemia”, que funcionam como recursos que atraem audiência, mas desinformam. 
  4. Não deve criar falsas expectativas, como quando dá a entender que foi encontrada a cura para uma doença, como a Aids, por exemplo, quando na verdade a realidade não é essa.

Prêmio Roche 2020

Este ano o Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde chega à sua oitava edição para reconhecer as histórias jornalísticas de excelência e estimular a cobertura jornalística de qualidade sobre temas de saúde na América Latina. As inscrições para a premiação estarão abertas até 2 de abril, em três categorias: Jornalismo Sonoro, Cobertura Diária e Jornalismo Digital. 

Conheça as regras do Prêmio Roche

Sobre o Prêmio Roche

O Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde é uma iniciativa da Roche América Latina com a Secretaria Técnica da Fundação Gabo. A premiação busca dar reconhecimento à excelência e fomentar o jornalismo de qualidade na cobertura de temas de saúde na América Latina. 

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